Em um cenário de afogamento das economias reais mundo afora, percebe-se o ressurgimento de idéias econômicas que vinham perdendo força há algum tempo, como o protecionismo. Dado o imbróglio da atual crise de crédito, ocorrera uma onda de defesas análogas com a crise de 1929, em virtude de suas raízes terem sido no sistema financeiro. O que cabe discutir é se medidas protecionistas adotadas por alguns países ajudariam os mesmos a se recuperarem da recessão.
O raciocínio de quem impõe essa idéia é o de que tornando as importações mais caras e difíceis, os produtores domésticos passariam a fabricar os bens antes supridos pelo exterior, criando mais empregos no processo, ainda que com perda de eficiência, pois sabemos que o comércio em pleno funcionamento ao se conquistar mercados mais amplos garantiria ganhos de escala na produção.
Vale ressaltar que o arsenal protecionista se provou uma estratégia falha no passado – pós- crise 1929 – assim cabe aos líderes das grandes economias não repetir os erros anteriores. Os argumentos estariam apenas em pró da defesa no combate ao desemprego no curto prazo, assim deixando de lado a teoria das vantagens comparativas, os ganhos de escala e eficiência, além da ampliação das possibilidades de consumo que uma abertura comercial poderia trazer a um país. Sabe-se que países que comercializam mais com o exterior são mais ricos que os mais fechados, então diante de vários estudos que mostram com certa segurança essa associação do volume de comércio total à maior renda numa economia, seria inviável o ressurgimento do protecionismo nos dias atuais.
Um espaço dedicado para os temas ligados a Ciência Econômica. Elucidação de fenômenos macroeconômicos, textos sobre economia política, entre outros assuntos pertinentes a Economia. SEJAM BEM-VINDOS!!!
quarta-feira, 4 de março de 2009
Protecionismo
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para mim voce nao precisa explicar isso pois nao sou um alienado. quem precisa desta informaçao dificilmente vai ter interesse nela pois sao idiotas que sustentam os estados constituidos.
ResponderExcluirBom, eu adoro seu blog, e agradeço suas postagens!
ResponderExcluirAcho que informação nunca é demais, quando se trata de informação útil que faz de quem a recebe uma pessoa com capacidade de discutir assuntos em voga, melhor ainda!
ótima análise, concordo com você. O protecionismo é uma preocupação central nesse momento. O discurso de Obama dado na semana retrasada ilustra bem isso. No entanto, ele quer também pensar primeiro no quintal dele, no investimento na geração de empregos da indústria estadunidense, para diminuir a dependência por importação.
ResponderExcluirIsso já pode ser considerado uma espécie de protecionismo pois é como brincar com o velho toyotismo. Tira dali, bota aqui que está melhor. Creio que o mundo tende a continuar sendo esse grande tabuleiro de war mesmo com a crise.
Um abraço
www.opatifundio.com
Gostei muito do texto é dificio ver texto bem feito por ai !!!!
ResponderExcluirParabens
Bem, é claro que não adianta por tranca em fechadura arrombada. Economias que já são altamente globalizadas e abertas dificilmente vão ter condições de se fechar, e os prejuízos, a meu ver, serão maiores nisso. Estão na chuva e vão se molhar, se queimar, incendiar, pois sabe lá chuva de que que vão tomar. Já as economias mais fechadas vão viver épocas de calmaria. Vale o velho escambo. As vacas do Tocantins, que se alimentam do pasto no meio do cerrado pouco estão ligando para a crise global, já a soja no mesmo estado se arrepia com as quedas das commodities no mercado internacional. E vamos vivendo assim, na nossa Belíndia...
ResponderExcluirProtege quem pode, deixa a bunda de fora quem não tem opção... É o caso do Brasil. Subsídios custam caro...
Parabéns pelo texto.
http://www.mersonreis.blogspot.com
Parabéns pelo blog,
ResponderExcluirsempre é bom entender um pouquinho de economia.
Virei seguidora!
Muito interessante este seu espaço/blog/estilo...
ResponderExcluirVou me manter ligado nas atualizações!
Abraços!
Magno
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Atualizado (noite 05/03)
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"Passos por passos. Olho o mundo como quem olha para uma criança recém-nascida. Olho para a criança como quem sente-se recém-nascido. Passos por passos. Saltos além dos muros em chamas. Driblo minha energia. Converso com minnhas certezas. O dia está na linha a ser preenchida... Escrevo, neblina, sobre a minha mudança para o segundo seuguinte. Chovem segundos, terceiros e minhas vírgulas se tornam pontos..."
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