A atribuição de incrível pode ser justificada por dois fatores: a política de expansão de crédito por parte do Governo para enfrentar a crise e a própria crise com aumento sucessivo de demissões que acabam corroborando para aumento de inadimplência.
Em meio a crise, os bancos, tanto os públicos como os privados, tendem se proteger da inadimplência com aumento de restrições. Entretanto, os bancos públicos tiveram de atender as exigências do Governo, reduzindo os juros e diminuindo algumas restrições, com isso aumentaram seus empréstimos mesmo em momento bastante adverso.
De acordo a matéria, os bancos públicos aumentaram os empréstimos em 18,3% enquanto os privados elevaram para apenas 1,5% isso no período de setembro do ano passado pra cá. Contudo os empréstimos dos bancos públicos com nível de risco de AA a C, considerados de curso normal (com atraso abaixo de 60 dias), equivaliam a 91,3% da carteira em março deste ano, ante 91,4% em setembro, e 90,4% em março de 2008.
Já os Privados este índice era de 93,1% em março do ano passado, marcava 93,4% em setembro, e caiu para 90,6% no mês passado.
Isso surpreende aqueles que alegavam que o Governo estava comprometendo a gestão de riscos dos bancos públicos podendo submetê-los a aumento considerável de inadimplência, um dos fatos mais notórios da exigência do governo para a expansão do crédito, foi aquele que culminou com a exoneração do Presidente do Banco Brasil que relutava em reduzir os juros do banco.
Esperamos que os bancos públicos continuem aumentando os empréstimos de forma segura e responsável, para que facilite a saída do país da crise.