segunda-feira, 27 de abril de 2009

Bancos públicos X Bancos privados

Em recente matéria do Jornal Valor Econômico (27 de abril) foi divulgado que os bancos públicos superaram os privados na qualidade da carteira de crédito, ou seja, por incrível que pareça, os públicos estão com uma “clientela” mais segura que os bancos privados em plena crise econômica.

A atribuição de incrível pode ser justificada por dois fatores: a política de expansão de crédito por parte do Governo para enfrentar a crise e a própria crise com aumento sucessivo de demissões que acabam corroborando para aumento de inadimplência.

Em meio a crise, os bancos, tanto os públicos como os privados, tendem se proteger da inadimplência com aumento de restrições. Entretanto, os bancos públicos tiveram de atender as exigências do Governo, reduzindo os juros e diminuindo algumas restrições, com isso aumentaram seus empréstimos mesmo em momento bastante adverso.

De acordo a matéria, os bancos públicos aumentaram os empréstimos em 18,3% enquanto os privados elevaram para apenas 1,5% isso no período de setembro do ano passado pra cá. Contudo os empréstimos dos bancos públicos com nível de risco de AA a C, considerados de curso normal (com atraso abaixo de 60 dias), equivaliam a 91,3% da carteira em março deste ano, ante 91,4% em setembro, e 90,4% em março de 2008.
Já os Privados este índice era de 93,1% em março do ano passado, marcava 93,4% em setembro, e caiu para 90,6% no mês passado.

Isso surpreende aqueles que alegavam que o Governo estava comprometendo a gestão de riscos dos bancos públicos podendo submetê-los a aumento considerável de inadimplência, um dos fatos mais notórios da exigência do governo para a expansão do crédito, foi aquele que culminou com a exoneração do Presidente do Banco Brasil que relutava em reduzir os juros do banco.

Esperamos que os bancos públicos continuem aumentando os empréstimos de forma segura e responsável, para que facilite a saída do país da crise.

Um comentário:

  1. Por isso que se eu tiver devendo a dois bancos (a um estatal e a outro privado), não hesitarei de pagar ao estatal primeiro.

    ResponderExcluir